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Início de minha graduação em Arquitetura, na Universidade Católica de Pernambuco. A importância de questões culturais e sociais para os espaços que habitamos e nossas formas de relações despertou o meu interesse pelos estudos filosóficos e pelas Ciências Sociais, o que me levou à mudança do meu caminho acadêmico para as Ciências Sociais.
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Ainda como estudante de arquitetura, morei em Florença, na Itália, onde tive a oportunidade de estudar História da Arte e ampliar minha percepção sobre os processos artísticos como meio de contemplação e expressão de quem somos.
No retorno para Recife, fui aluna no curso de Filosofia e História da Arte no Museu do Estado de Pernambuco, com Laura Buarque Gadêlha, o qual participei semanalmente por 7 anos, até o ano de 2014. O contato com Laura, sobretudo com seus conhecimentos práticos, foi definidor em minha formação.
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Em 2007 também iniciei as práticas de meditação e de yoga. Participei de grupos de meditação como o CEBB (Centro de Estudos Budistas Bodisatva) e passei a me aprofundar no tema através de leituras e cursos. Fui aluna de yoga no Espaço Devi-Prasada em Recife, tendo como Professora Lucia Elena F Neto (Dakshina Tantra Yoga). As vivências nesses espaços têm, até hoje, importância imensa para mim.
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Já na graduação em Ciências Sociais, na Universidade Federal de Pernambuco, me dediquei ao desenvolvimento de pesquisas e práticas paro cultivo da compaixão nas relações humanas. Esse caminho resultou em uma monografia de conclusão de curso com o tema “O encontro entre o eu e o outro: um estudo exploratório sobre a compaixão como capacidade humana”, defendida em 2013 com a orientação da Professora Maria da Conceição Lafayette, do Departamento de Sociologia.
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Entre 2012 e 2014 colaborei com o desenvolvimento do Projeto de Extensão Universitária da UFPE “Práticas educacionais para a compaixão no cotidiano: exercitando a capacidade de se colocar no lugar do outro”, projeto com 200 crianças e adolescentes da Escola Municipal Antônio Tibúrcio – Alto Santa Terezinha, Recife. Aqui, junto à equipe formada para o projeto, começamos a aplicar o conhecimento das Ciências Sociais em diálogo com outras disciplinas para cultivar formas de convivência mais respeitosas e agregadoras nos ambientes escolares e na formação humana como um todo.
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Entre 2014 e 2015 fiz o Mestrado em Antropologia Social pela London School of Economics and Political Science, Inglaterra, um dos nascedouros da antropologia no mundo. Elaborei minha dissertação de mestrado sobre práticas de ajuda humanitária, suas diferentes dinâmicas e significados em contextos locais e globais.
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Entre 2017 e 2019 me dediquei à formação como Instrutora de meditação na abordagem Kindfulness pelo Instituto de Ciências Contemplativas do Brasil, com a orientação do professor Gabriel Jaeger (Lama Jigme Lhawang). Após a conclusão, me tornei professora do Instituto, a partir da criação do Módulo Antropologia da Compaixão, que passou a compor a grade curricular da formação desde 2020.
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Entre 2017 e 2020 pude ampliar meu olhar transdisciplinar a partir da Pós-Graduação em Psicologia Junguiana (pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional - Recife), coordenada pelas Analistas Junguianas Alessandra Guimarães, Sayuri Matsumiya, Lívia Campello e Manuelle Andreani, do Lumen Novum.
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Em 2017, criei a Holos Espaços de Compaixão com a proposta de elaborar, em atividades individuais e de grupos, como é possível "estar com o outro" de forma mais inteira nas relações, cultivando coexistências com respeito e sentido. Em 6 de dezembro, reuni pessoas amigas e parceiras para um momento inaugural da Holos, na Casa Astral, no bairro do Poço do Panela, em Recife].
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Em 2018 aconteceram os primeiros ciclos em grupo da Holos: “Compaixão Ativa”, “Nascedouro”, “Acolhendo a Compaixão em mim” e “Vidas Entrelaçadas”, na Casa Astral, todos com a proposta de investigar os limites e potencialidades de viver o mundo em companhia. Também tiveram início os primeiros atendimentos individuais a partir das singularidades de cada pessoa em suas relações, desafios e buscas de vida.
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Ano em que mergulhei na experiência da maternidade, com a chegada do meu filho Francisco, e então pude redesenhar a vida a partir desse novo lugar em mim.
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Em 2019 a Holos passou a ter seu primeiro espaço físico para atendimentos, no bairro do Rosarinho.
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Iniciei o segundo trabalho educacional da Holos em escolas, dessa vez em parceria com a empresa TPF Engenharia, na Escola Municipal Oswaldo Lima Filho, Pina – Recife. O projeto busca cultivar a capacidade de se colocar no lugar do outro no ambiente escolar, através de atividades transdisciplinares com estudantes e professores. Estamos no quinto ano de realização do projeto, através da parceria entre Holos, TPF, coordenação e professoras(es) da escola.
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Ano de pandemia, de intensos sentimentos e reorganizações para seguir com as atividades online da Holos – ciclos em grupo, trabalhos individuais, escrita de textos e processos criativos.
Em 2020 surgiu a ideia do projeto “Expressões de Compaixão”, uma iniciativa para unir linguagens artísticas com o objetivo de criar imagens plurais sobre como experienciamos a compaixão. Como primeira Expressão, eu e Luma Torres cocriamos a vivência performática “Pesos do Mundo – Dissolve e Coagula”, lançada em 2021.
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Me tornei professora na formação de instrutores de meditação na abordagem Kindfulness: Mindfulness Integral e Harmonia Emocional pelo Instituto de Ciências Contemplativas, criando e oferecendo o Módulo Antropologia da Compaixão como parte da formação.
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A convite do amigo arquiteto e artista Isac Filho, a Holos Espaços de Compaixão passou a habitar a Casa Criatura, um centro de cultura e inovação no Sítio Histórico de Olinda - casa cocriada por Isac e sua companheira Juliana Rabello, também arquiteta. Em meio à arquitetura e natureza inspiradoras de Olinda, vivi dois anos muito ricos de criação, atendimentos e escrita.
A partir desse momento passei a mergulhar na escrita de um livro sobre meu trabalho com a compaixão, ainda em construção.
Em 2021 tivemos o primeiro lançamento deste site!
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Retomamos os trabalhos presenciais do Projeto Compaixão na Escola Municipal Oswaldo Lima Filho (Pina), após dois anos de atividades online. Dessa vez, com oficinas oferecidas junto a profissionais parceiros de diferentes áreas.
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Em 2022 vivi uma experiência marcante ao conhecer o Instituto Inhotim, em Brumadinho, Minas Gerais, espaço dedicado à exposição e vivências com a arte contemporânea e a natureza. A visita mexeu bastante com meus processos de elaboração de atividades individuais e de grupos, trazendo novos elementos para trabalhar a arte como recurso de acesso aos nossos mundos internos e de relações.
Ano de algumas pausas e mais recolhimento para a continuidade na escrita do meu primeiro livro.
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Retiro presencial com o Instituto de Ciências Contemplativas, em Florianópolis, onde pudemos reunir por uma semana alunas e alunos da formação de Instrutores em Kindfulness, com o intuito de praticar meditação, silenciar e também trocar experiências. Oportunidade importante após alguns anos de atividades on-line.
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Início de “A compaixão é como um rio”, nova temática de criações e trabalhos da Holos. Há uma nova expressão com previsão para ser lançada em 2026.
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Em 2023 fiz uma retrospectiva dos registros da Holos ao longo dos 6 anos de existência, para atualização deste site e desenho das iniciativas futuras. O passeio por essas memórias foi o material que gerou esta Linha do Tempo.
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Vamos “Reimaginar nossas relações eu-outro na contemporaneidade”? Convido vocês para acessarem aqui o texto-convite que escrevi como proposta de reflexão para 2024.
Nascimento da minha filha, Clara. Ano de transformações intensas e muitos cuidados e reorganização com a vida nova e a Holos.
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Novo espaço da Holos, em Casa Forte - Recife.
Retorno aos atendimentos presenciais e continuidade no modo on-line. Para mais informações sobre os atendimentos individuais ou outras formatos, entra em contato clicando aqui.
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Em breve, será publicado o meu livro: Antropologia da compaixão, previsto para novembro de 2025. Para receber as novidades do lançamento e das vendas, clica aqui.